domingo, 23 de junho de 2019

A FESTA DO FIM DO ANO LETIVO



No dia 14 de junho, último dia de aulas, decorreu a última atividade do Clube do Património dos Génios de Castro. Os elementos do clube fizeram um piquenique, onde cada membro participou levando “comes e bebes”, num clima de muita brincadeira e animação. Assim terminou em festa o ano letivo que proporcionou dezenas de visitas ao Património da cidade de Coimbra, o que nos deixou a todos mais ricos em conhecimento e nos fez crescer.
O piquenique decorreu no espaço verde da Quinta de São Jerónimo. Neste local, os membros do clube tiveram a possibilidade de experimentar os jogos de Padel, oferecidos pela gerência do WEPADEL. O Padel é um desporto de raquete, jogado a pares e utilizando raquetes e bolas próprias num campo retangular, totalmente fechado, com 10 metros de largura por 20 de comprimento e uma rede no meio.

Este ano, o Clube inseriu no blogue textos de autores que fizeram de Coimbra a sua musa inspiradora ou a sua terra mãe. São imensos os autores e difícil é escolhê-los pois existem milhares de páginas escritas com Coimbra no pensamento. Afinal, esta é uma terra inspiradora e riquíssima em património para se escrever “à sombra de Minerva”.
Neste blogue quisemos também prestar uma merecida homenagem ao nosso patrono, Eugénio de Castro, mostrando alguns dos seus textos, por exemplo inspirados na família, Coimbra e região, mas igualmente algumas das imagens do escritor pouco conhecidas e que, em conjunto, poderão ajudar a constituir uma base de trabalho para uma obra futura. 

Cumpre-nos, enfim, agradecer a prestimosa colaboração e parcerias de quem connosco colaborou durante o ano letivo, o que possibilitou a dinamização e a concretização com sucesso das várias atividades do Clube do Património dos Génios de Castro.

Um bem-haja a todos e até breve!!!!!



















quinta-feira, 20 de junho de 2019

EUGÉNIO DE CASTRO POR ELE MESMO


Obras poéticas de Eugénio de Castro / reprodução fac-similada dirigida por Vera Vouga


Vendo-me num beco sem saída, compreendi que era tempo de procurar uma nova senda ventilada e luminosa, que era necessário abrir para a paisagem, remoçada pelo vigor das novas colheitas, as janelas do Parnaso português, até então hermeticamente fechadas, e varrer dessas janelas as teias de aranha que comprometiam a limpidez dos seus vidros. 
Providencialmente passaram sob os meus olhos alguns livros dos simbolistas franceses, recentemente publicados, de Verlaine e Moréas, de Mallarmé e Viélé-Griffin, de Henri de Regnier e de Gustave Khan. Esses livros ensinaram-me milagrosamente a orientar as vagas e flutuantes aspirações do meu espírito e mostraram-me como a poesia portuguesa facilmente recobraria o seu vigor e a graça das suas grandes épocas, se alguém iniciasse nela um movimento idêntico ao francês, variando os ritmos e os motivos de inspiração, renovando o fatigado guarda-roupa das imagens, substituindo a expressão directa pelo símbolo e a expressão lineal dos parnasianos pela sugestão musicalmente vaga dos simbolistas. 
Pus novas cordas à minha lira ferrugenta, e partindo com ela para Paris, afinei-a ali nas margens do Sena, pelo diapasão francês, mas de modo que os seus acordes, sendo novos, continuassem sendo eminentemente portugueses pela sua emoção e pela sua harmonia.


Eugénio de Castro-Autobiografia in Obras poéticas de Eugénio de Castro / reprodução fac-similada dirigida por Vera Vouga



sexta-feira, 14 de junho de 2019

MERCEARIA A CAMPONESA


MEMÓRIA E MODERNIDADE NO COMÉRCIO TRADICIONAL DE COIMBRA


A mercearia A Camponesa (ao centro na imagem) situa-se na Rua da Louça, na “baixinha” de Coimbra

O passado de Coimbra foi moldado por séculos de memórias e tradições que inúmeras gerações de comerciantes ajudaram a construir.
O comércio tradicional é uma das imagens de marca da cidade, sobretudo na zona designada por “baixinha” de Coimbra, embora também florescesse noutras áreas como a Alta.
O centro histórico da cidade continua a ser o local perfeito para recordar ou tomar conhecimento com esta realidade pois desde a Idade Média que se divide entre a Alta Universitária, dedicada ao ensino e a Baixa, dedicada ao comércio e ao desenvolvimento. Apesar dos constrangimentos, a tradição continua a manter-se e a Baixa da cidade continua a ser um local para visitar ou fazer compras.
Uma das lojas de tradição é a Mercearia A Camponesa, surgida em 1912. Hoje, os proprietários Assunção Ataíde e Paulo Bela mantêm um projeto iniciado em 2016 que apresentando produtos tanto na área da alimentação como na área das bebidas, alia os produtos tradicionais à inovação de sabores contemporâneos, mas também se dedica a iniciativas culturais como exposições de que é exemplo a de autoria de Domingues Pinto que o Clube de Património dos Génios de Castro visitou no dia 7 de junho.
Sinal de comércio tradicional, este espaço estimula o convívio gastronómico, que aliado a manifestações culturais, se insere no âmbito do Património da Cidade de Coimbra.