quinta-feira, 4 de julho de 2019

O BRASÃO DE COIMBRA SEGUNDO EUGÉNIO DE CASTRO

Brasão da cidade de Coimbra


A primitiva Coimbra teve o seu assento em Condeixa-a-Velha, sendo senhor dela o rei dos suevos, Hermenerico, quando Ataces, rei dos alanos, a destruiu quase por completo, vindo depois fundar uma nova cidade com o mesmo nome na margem direita do Mondego. 
Andava Ataces dirigindo a edificação dessa nova Coimbra, e eis que subitamente apareceu o rei dos suevos com o propósito de se desforrar das perdas e humilhações sofridas. 
Travou-se rija batalha entre alanos e suevos, ficando estes desbaratados. Para alcançar a paz, diz a lenda, o monarca vencido ofereceu ao vencedor a mão de sua filha, a bela princesa Cindasunda. A breve trecho se realizou o casamento com a magnificência devida à qualidade dos noivos; e, para o comemorar, concedeu Ataces à cidade de Coimbra o brasão seguinte: em campo de vermelho uma donzela coroada (Cindasunda) saindo de uma copa de ouro, tendo à esquerda um dragão verde (Hermenerico), e à direita um leão de ouro rompente (Ataces). 


Eugénio de Castro in Guia de Coimbra : publicação official da Sociedade de Defesa e Propaganda de Coimbra / por Eugenio de Castro. - Coimbra : F. França Amado, [193-?]



Estátua da princesa Cindasunda na Av. Fernão de Magalhães
É considerada uma homenagem à mulher de Coimbra