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VISITA AO MUSEU DO CHIADO / COLEÇÃO TELO DE MORAIS
No
dia 8 de novembro, os génios do Clube do Património visitaram o Edifício Chiado
e “A Coleção Telo de Morais em 9 obras
“.Considerado "(...) o mais bello e magestoso edifício da
Lusa Atenas(...)" (Idem, ibidem), este estabelecimento comercial foi
inaugurado em 25 de Abril de 1910, sendo um dos raros exemplos de arquitectura
do ferro existente na cidade do Mondego. O autor do projeto permanece
desconhecido, mas sem dúvida pode apontar-se ao Edifício Chiado um relevante
papel na "(...) modernização do comércio, incluindo o design das
lojas, os modos de produção e distribuição, bem como as relações de
trabalho." (Idem, ibidem, p. 161). Implantado numa das principais artérias
da Baixa de Coimbra, o edifício apresenta uma "fachada-montra"
dividida por módulos, unidos de forma elegante pela estrutura de ferro de
inspiração Arte Nova. Os diferentes pisos possuem varandas completamente
envidraçadas, num jogo de formas geométricas que se conjugam com os recortes de
gosto romântico das ferragens. Embora seja inegável o seu carácter único no
conjunto arquitectónico da Baixa, o Edifício Chiado encontrava-se devoluto na
década de 70 do século XX, tendo sido então considerada a hipótese de ser
demolido; no entanto, um movimento cívico propôs a sua aquisição pela Câmara
Municipal de Coimbra, que se tornou proprietária do prédio em 1980.
Em 1995, o Edifício Chiado foi objecto de uma profunda intervenção, numa obra que resultou na sua conservação e adaptação a espaço museológico, e de que se destaca a manutenção da estrutura primitiva, exterior e interior, e do carácter estético de gosto cosmopolita.
Atualmente o pólo museológico do Edifício Chiado alberga a Colecção Telo de Morais, que se divide em seis núcleos, integrando mobiliário, cerâmica, escultura, salientando-se, entre outros, o conjunto de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX.
Em 1995, o Edifício Chiado foi objecto de uma profunda intervenção, numa obra que resultou na sua conservação e adaptação a espaço museológico, e de que se destaca a manutenção da estrutura primitiva, exterior e interior, e do carácter estético de gosto cosmopolita.
Atualmente o pólo museológico do Edifício Chiado alberga a Colecção Telo de Morais, que se divide em seis núcleos, integrando mobiliário, cerâmica, escultura, salientando-se, entre outros, o conjunto de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX.
Os alunos visitaram o Edifício e as várias salas, visualizando
obras de arte de pintura portuguesa do século XIX e primeira metade do século
XX, mobiliário dos séculos XVII e XVIII, portugueses e indo-portugueses, peças
de cerâmica europeia e um núcleo de pratas, com peças dos séculos XVIII e XIX.
No interior do Edifício os alunos puderam ainda visualizar e
explorar a exposição dos trabalhos artista Luís Lázaro Matos desenvolve uma
figuração gráfica sobre fundos exuberantes que resulta em ambientes delirantes
e fantasistas, nos quais a componente literária e musical está geralmente
presente. Eclipse – Interstellar
Journey to the English Countryside (2019), obra comissionada pelo
Anozero’19 para o Edifício Chiado, é um êxtase alienígena com base nos
desenvolvimentos astronómicos oitocentistas, nomeadamente na teoria
especulativa de William Herschel, na qual todos os planetas seriam habitados e
a superfície lunar se aparentaria à paisagem do countryside
inglês. Recorre à representação estereotipada do extraterrestre nas múltiplas
narrativas ficcionais e à ideia de paraíso formulada pelas sociedades
capitalistas, patente, por exemplo, na pintura pastoral inglesa e em John
Constable como imaginário para a criação de uma cosmogonia hipotética.
De regresso, para apanhar o nosso autocarro, fomos ainda visitar, no Largo da Portagem, no antigo
edifício do Banif, a loja da Comur. Loja da prestigiada marca de conservas, com
sede em Murtosa, Aveiro e fundada em 1942. A decoração da loja foi inspirada num dos principais ícones
da cidade de Coimbra, a Biblioteca Joanina. Obra-prima do Barroco, a Casa da
Livraria foi edificada sob o patrocínio de D João V. Dotada de exemplares das
mais raras coleções bibliográficas, a Biblioteca Joanina apresenta um acervo de
coleções dos séculos XVI, XVII e XVIII que representam o que de melhor se
produzia na Europa culta do seu tempo. Não sendo possível tocar nas prateleiras
da Biblioteca Joanina, na Loja da Comur podemos fazê-lo. No entanto a única
coisa que podemos retirar das estantes são latas de conservas bastante
arrojadas.
O Clube do Património foi brindado com uma degustação dos
vários produtos que se encontram à venda na loja.
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