sexta-feira, 22 de novembro de 2019


VISITA AO MUSEU MACHADO DE CASTRO

GUIADA PELO CHAVES, UM “VELHO” GUARDA QUE LÁ CRESCEU 


 22 de novembro


O Museu Nacional de Machado de Castro, assim designado em homenagem ao conimbricense Joaquim Machado de Castro, escultor régio nos reinados de D. José, D. Maria I e D. João VI, abriu ao público no dia 11 de outubro de 1913. É dos mais importantes museus de Belas-Artes, como se pode observar pelo seu espólio de escultura, pintura e artes decorativas. 
Ocupa as antigas instalações do Paço Episcopal de Coimbra a que se acrescentou, em 2012, um edifício novo. 
Joaquim Machado de Castro nasceu em Coimbra, no dia 19 de junho de 1731 e morreu em Lisboa, no dia 17 de novembro de 1822. Recebeu formação humanista que recebeu dos Jesuítas. Esses valores, bem como a aptidão para a arte, fizeram dele o maior e mais culto dos escultores portugueses do seu tempo. Ficou conhecido pela reposição da tradição da escultura em pedra.
A visita que o Clube do Património efetuou no dia 22 de novembro, deu realce ao criptopórtico datado do séc. I que constitui a mais importante construção romana conservada em Portugal. 
Para dar mais cor à visita, os membros do clube tiveram oportunidade de assistir a uma visita dramatizada ao criptopórtico do Museu Nacional Machado de Castro. Deparámo-nos com o ator Ricardo Calash, que personificou um "velho" guarda de museu, o Chaves, que cresceu lá dentro. Desvendou-nos o "seu brinquedo" de criança - o Museu. 
Rapidamente todos fomos "promovidos" a ajudantes de guarda para que, de uma forma ativa, pudéssemos participar e também ajudar a "organizar" toda a visita guiada. Pelo meio, o ator utilizou uma série de recursos do criptopórtico, além dos recursos próprios da arte dramática, para que, de forma lúdica, pudéssemos responder a algumas perguntas tais como: 
-Quem eram os Romanos? 
-Os Romanos viveram há muito tempo? 
-O que era o império romano? 
-Como eram as cidades romanas? O que era o Fórum? 
-Como construíam eles as suas cidades? 
-Como se chamava Coimbra no tempo dos Romanos? 
-O que é o criptopórtico? Para que servia? Quem o utilizou? E em que épocas?

 
  

 
  
 
 
   
  
  

quinta-feira, 21 de novembro de 2019


      ANOZERO – BIENAL de ARTE CONTEMPORÂNEA  de COIMBRA

Convento de Santa Clara-a-Nova - 15 de novembro

                                                            

Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra é uma iniciativa proposta em 2015 pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, organizada em conjunto com a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra, que assume como objetivo primordial promover uma reflexão quanto à circunstância da classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. Surgindo como tentativa de compreensão do significado simbólico e efetivo desta nova realidade da cidade – ser detentora de Património Mundial – a bienal propõe um confronto entre arte contemporânea e património, explorando os riscos e as múltiplas possibilidades associadas a este património cultural que agora é da Humanidade.
O Anozero é, portanto, um programa de ação para a cidade que, através de um questionamento sistemático sobre o território em que se inscreve, poderá contribuir para a construção de uma época cultural atuante e transformadora, em Coimbra e na Região Centro.


                                       A TERCEIRA MARGEM

                            Agnaldo Farias, Lígia Afonso e Nuno de Brito Rocha     

A história da cidade de Coimbra e do seu património é marcada pela convivência com as águas do Rio Mondego, que, ao longo dos séculos, teimosamente alagou as suas margens. O ritmo natural dos seus subimentos obrigou a...LER MAIS + 





A EXPOSIÇÃO


Tendo como inspiração a visita da Exposição, os monitores da visita  lançaram um desafio aos nossos génios de castro, a partir de uma letra , instalada no piso da ala principal do edifício, os nossos pequenos / grandes artistas, iriam eles próprios criar a sua obra de arte contemporânea

Os resultados obtidos, estão à vista. Temos Artistas . Parabéns !

 

                                          

 

 

 


                Sala da Cidade - Divulgação


                              Antigo Refeitório do Mosteiro de Santa Cruz 
 

O Mosteiro de Santa Cruz foi fundado em 1131 pela Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, datando a primitiva igreja românica no século XII. No início do século XVI, o rei D. Manuel I ordena que esta se arrase, juntamente com o claustro e casa do capítulo, por ser antiga e degradada, e leva a cabo uma extensa campanha de obras que conferiu ao edifício o aspeto atual.

Os trabalhos, que envolveram os melhores artistas do reino, englobaram uma igreja nova de uma nave abobadada, ladeada por duas torres na fachada; o portal; o claustro principal e casa do capítulo. A par das obras, os restos mortais dos dois primeiros reis de Portugal foram transladados dos seus sarcófagos primitivos para outros novos — obras escultóricas manuelinas da autoria de Nicolau de Chanterene situadas na capela-mor. Com a reforma dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, levada a cabo no reinado de D. João III (1521–1557), mais obras foram realizadas, destacando-se o singular Claustro da Manga, a nordeste da igreja. No século xx, para permitir a abertura da Avenida Sá da Bandeira, foram demolidas algumas estruturas a norte e aberto o claustro da Manga. Atualmente, além das atividades culturais e diocesanas, o mosteiro acolhe os serviços da Câmara Municipal de Coimbra e da Direção Regional de Cultura do Centro.


Artista:
José Spaniol

  O trabalho de José Spaniol referencia objetos quotidianos, nomeadamente mobiliário e elementos de construção, entrecruzando primeiro a sua função utilitária e poética, mas também a sua forma, matéria e escala em relação à arquitetura e aos locais expositivos. Recorre ainda ao uso de texto, letras e palavras, titulando muitas vezes as suas obras com onomatopeias ora enigmáticas ora sugestivas.

 O trabalho Sonhos de outubro (2014–2019) foi primeiro desenvolvido para o Octógono da Pinacoteca do Estado de São Paulo e é agora apresentado numa nova versão para a Sala da Cidade. O seu epicentro, uma canoa como a do protagonista do conto «A Terceira Margem do Rio», equilibra-se num plano elevado, improvável, desestabilizador e inatingível. Como se fora uma paisagem vista a partir de uma perspetiva recuada, a obra ocupa o mesmo eixo das pinturas ascensionais de cúpulas e tetos, provocando vertigem e dissolução dos limites do espaço.










F

      VISITA AO MUSEU DO CHIADO / COLEÇÃO TELO DE MORAIS


No dia 8 de novembro, os génios do Clube do Património visitaram o Edifício Chiado e  “A Coleção Telo de Morais em 9 obras “.Considerado "(...) o mais bello e magestoso edifício da Lusa Atenas(...)" (Idem, ibidem), este estabelecimento comercial foi inaugurado em 25 de Abril de 1910, sendo um dos raros exemplos de arquitectura do ferro existente na cidade do Mondego. O autor do projeto permanece desconhecido, mas sem dúvida pode apontar-se ao Edifício Chiado um relevante papel na "(...) modernização do comércio, incluindo o design das lojas, os modos de produção e distribuição, bem como as relações de trabalho." (Idem, ibidem, p. 161). Implantado numa das principais artérias da Baixa de Coimbra, o edifício apresenta uma "fachada-montra" dividida por módulos, unidos de forma elegante pela estrutura de ferro de inspiração Arte Nova. Os diferentes pisos possuem varandas completamente envidraçadas, num jogo de formas geométricas que se conjugam com os recortes de gosto romântico das ferragens. Embora seja inegável o seu carácter único no conjunto arquitectónico da Baixa, o Edifício Chiado encontrava-se devoluto na década de 70 do século XX, tendo sido então considerada a hipótese de ser demolido; no entanto, um movimento cívico propôs a sua aquisição pela Câmara Municipal de Coimbra, que se tornou proprietária do prédio em 1980.
Em 1995, o Edifício Chiado foi objecto de uma profunda intervenção, numa obra que resultou na sua conservação e adaptação a espaço museológico, e de que se destaca a manutenção da estrutura primitiva, exterior e interior, e do carácter estético de gosto cosmopolita.
Atualmente o pólo museológico do Edifício Chiado alberga a Colecção Telo de Morais, que se divide em seis núcleos, integrando mobiliário, cerâmica, escultura, salientando-se, entre outros, o conjunto de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX.                         

 Os alunos visitaram o Edifício e as várias salas, visualizando obras de arte de pintura portuguesa do século XIX e primeira metade do século XX, mobiliário dos séculos XVII e XVIII, portugueses e indo-portugueses, peças de cerâmica europeia e um núcleo de pratas, com peças dos séculos XVIII e XIX.

No interior do Edifício os alunos puderam ainda visualizar e explorar a exposição dos trabalhos artista Luís Lázaro Matos desenvolve uma figuração gráfica sobre fundos exuberantes que resulta em ambientes delirantes e fantasistas, nos quais a componente literária e musical está geralmente presente. Eclipse – Interstellar Journey to the English Countryside (2019), obra comissionada pelo Anozero’19 para o Edifício Chiado, é um êxtase alienígena com base nos desenvolvimentos astronómicos oitocentistas, nomeadamente na teoria especulativa de William Herschel, na qual todos os planetas seriam habitados e a superfície lunar se aparentaria à paisagem do countryside inglês. Recorre à representação estereotipada do extraterrestre nas múltiplas narrativas ficcionais e à ideia de paraíso formulada pelas sociedades capitalistas, patente, por exemplo, na pintura pastoral inglesa e em John Constable como imaginário para a criação de uma cosmogonia hipotética.
             Os nossos alunos na contemplação das obras de Luís Lázaro Matos



De regresso, para apanhar o nosso autocarro, fomos ainda  visitar, no Largo da Portagem, no antigo edifício do Banif, a loja da Comur. Loja da prestigiada marca de conservas, com sede em Murtosa, Aveiro e fundada em 1942. A decoração da loja foi inspirada num dos principais ícones da cidade de Coimbra, a Biblioteca Joanina. Obra-prima do Barroco, a Casa da Livraria foi edificada sob o patrocínio de D João V. Dotada de exemplares das mais raras coleções bibliográficas, a Biblioteca Joanina apresenta um acervo de coleções dos séculos XVI, XVII e XVIII que representam o que de melhor se produzia na Europa culta do seu tempo. Não sendo possível tocar nas prateleiras da Biblioteca Joanina, na Loja da Comur podemos fazê-lo. No entanto a única coisa que podemos retirar das estantes são latas de conservas bastante arrojadas. 
O Clube do Património foi brindado com uma degustação dos vários produtos que se encontram à venda na loja.